TRÍPOLI (Reuters) - O primeiro-ministro internacionalmente reconhecido da Líbia, Abdullah al-Thinni, disse em uma entrevista na televisão que renunciará ao cargo, depois que a emissora apresentou a ele perguntas de cidadãos irritados que consideram seu gabinete ineficaz.
"Eu oficialmente renuncio e enviarei minha renúncia à Câmara dos Deputados no domingo", disse ele à emissora privada Canal Líbia, em entrevista transmitida na noite desta terça-feira.
Thinni trabalha de uma cidade no leste remoto da Líbia desde que seu governo teve de fugir de Trípoli há um ano, depois que a capital foi tomada por um grupo armado que criou uma administração rival, parte do caos que atinge a nação produtora de petróleo.
Seu gabinete, trabalhando em hotéis, lutou para fazer mudanças de impacto na cidade oriental de Bayda, enquantocidadãos se queixavam do caos, da escassez de combustível e remédios em hospitais, assim como a piora na segurança.
Ministérios e importantes edifícios do Estado em Trípoli estão sob o controle da administração rival, que não é reconhecida por potências mundiais.
Durante a entrevista de TV, Thinni ficou furioso quando o apresentador colocou no ar perguntas de telespectadores que criticaram o premiê pela falta de segurança e de ajuda para a população que precisou se deslocar devido à crise na Líbia.
Quando o apresentador perguntou a Thinni o que ele faria se houvesse protestos, ele respondeu: "As pessoas não precisam protestar contra mim porque eu renuncio oficialmente à minha posição."
(Reportagem de Ahmed Elummami)