MILÃO (Reuters) - Uma intervenção militar na Venezuela não é a forma de resolver a crise, disse o presidente da Colômbia, Iván Duque, em uma entrevista ao jornal italiano Il Sole 24 Ore publicada nesta sexta-feira.
A Venezuela entrou em uma profunda crise política em janeiro quando Juan Guaidó, presidente da Assembleia Nacional controlada pela oposição, invocou a Constituição para se autoproclamar presidente interino, argumentando que a reeleição de Nicolás Maduro, em 2018, não era legítima.
"Não acredito que a solução seja uma intervenção militar", disse Duque ao jornal, quando questionado sobre algumas propostas de intervenção, especialmente dos Estados Unidos.
O presidente norte-americano, Donald Trump, tomou medidas para aumentar a pressão sobre Maduro e reforçar o apoio a Guaidó, reconhecido pelos EUA e mais de 50 países, incluindo a Colômbia. Entretanto, Washington descartou declarações de que pretende intervir militarmente.
No início desta semana, os Estados Unidos culparam a Rússia por causar a crise da Venezuela ao apoiar Maduro. A Rússia e a China têm endossado o governo de Maduro.
Duque disse que a estabilidade da Venezuela deve ser de interesse russo e chinês.
O presidente de direita disse que a comunidade internacional deveria se esforçar mais para convencer alguns membros do exército venezuelano a passar para o que ele chamou de lado certo.
"Esperamos que a Rússia possa modificar sua posição política para que se reestabeleça a ordem institucional na Venezuela", disse ele.