Por Mike Collett
LONDRES (Reuters) - Depois de uma batalha legal de quase 10 meses, o presidente da Associação de Futebol da Inglaterra (FA), Greg Dyke, devolveu um relógio de 23.814 dólares à Fifa e não enfrenta mais uma ação disciplinar por ter ficado com o objeto.
Dyke foi um dos 65 dirigentes internacionais que receberam os relógios Parmigiani de presente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) antes da Copa do Mundo do ano passado no Brasil.
Ele alegou que não tinha noção de seu valor, que o guardou em uma sacola em casa e jamais o usou, mas quando foi informado que ficar com o mimo viola os regulamentos de ética da Fifa propôs doá-lo à instituição de caridade Breast Cancer Care, uma parceira da federação inglesa, como parte de uma iniciativa de arrecadação.
Mas o dirigente acabou devolvendo o presidente à Fifa.
"O senhor Greg Dyke devolveu o relógio Parmigiani da CBF", informou a câmara adjudicatória do Comitê de Ética da Fifa em um comunicado nesta terça-feira.
"Como resultado, a câmara adjudicatória decidiu encerrar os procedimentos com respeito a uma possível violação do Código de Ética da Fifa".
No mês passado, Dyke disse a cronistas esportivos que não precisava do relógio.
"Ele ficou em uma sacola no escritório que tenho em casa desde que voltei da Copa do Mundo. Recebemos muitas sacolas de presentes em visitas oficiais, e para se sincero quase nunca olho nenhuma delas".