QUITO (Reuters) - O candidato presidencial equatoriano e ex-parlamentar Fernando Villavicencio foi assassinado nesta quarta-feira, disse o presidente do Equador, Guillermo Lasso, que prometeu que o assassinato não ficará impune.
Pouco antes, a mídia local havia noticiado que Villavicencio havia sido baleado em um evento de campanha nesta quarta-feira em Quito.
"Por sua memória e por sua luta, garanto que esse crime não ficará impune", disse Lasso na rede social X, anteriormente conhecida como Twitter. "O crime organizado foi muito longe, mas todo o peso da lei recairá sobre eles."
Lasso disse que receberia autoridades de segurança de alto escalão em uma reunião de emergência.
Vídeos nas redes sociais, supostamente do evento de campanha, mostram pessoas se protegendo e gritando enquanto tiros são ouvidos.
De acordo com pesquisas de opinião, o apoio a Villavicencio estava em 7,5%, classificando-o em quinto lugar entre oito candidatos presidenciais para a votação de 20 de agosto.
Villavicencio, da província andina de Chimborazo, era um ex-membro de um sindicato na empresa estatal de petróleo Petroecuador e posteriormente um jornalista que denunciou supostas perdas milionárias em contratos de petróleo.
Na terça-feira, ele fez um relato ao gabinete do procurador-geral sobre um negócio de petróleo, mas nenhum detalhe adicional do seu relato foi divulgado publicamente.
Villavicencio era um crítico contundente do ex-presidente Rafael Correa e foi condenado a 18 meses de prisão por difamação devido a declarações feitas contra o ex-presidente.
Ele fugiu para um território indígena dentro do Equador e depois recebeu asilo no Peru.
"Hoje mais do que nunca reitera-se a necessidade de atuar com mão firme contra a criminalidade. Que Deus o tenha em sua glória", disse o colega candidato presidencial Jan Topić na plataforma X.
(Reportagem de Alexandra Valência)