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Presidente do Iêmen deixa país e Arábia Saudita volta a atacar rebeldes Houthis

Publicado 26.03.2015, 19:20
© Reuters. Seguidores de grupo rebelde Houthi fazem protesto em Sanaa

Por Khaled e Abdallah e Sami Aboudi

SANAA/ÁDEN, Iêmen (Reuters) - O presidente do Iêmen, Abd-Rabbu Mansour Hadi, deixou seu reduto em Áden e seguiu para a Arábia Saudita nesta quinta-feira, enquanto os rebeldes Houthis enfrentavam as forças oficiais nos arredores da cidade, localizada no sul do país.

Durante todo o dia, aviões de guerra da Arábia Saudita e de seus aliados árabes atacaram os xiitas Houthi e unidades do Exército que se aliaram a eles com a meta de expulsar Hadi do poder, assumindo o controle de maior parte do país.

Aviões de guerra voltaram a bombardear a capital Sanaa, controlada pelos Houthis, nesta quinta-feira à noite, perturbando bairros inteiros e aterrorizando os moradores. Vários civis foram relatados mortos em Sanaa.

"Toda minha família e eu estamos nos preparando para dormir no porão, já que é o lugar mais seguro da casa", disse o morador Fawzia Nedras.

"As janelas estão tremendo e achamos que podem quebrar. Moramos perto do aeroporto, onde achamos que existem vários líderes dos Houthis morando e onde estão sendo a maior parte dos ataques", acrescentou ele.

O líder Houthi, Abdel-Malek al-Houthi, disse, em um discurso transmitido pela TV, que os iemenitas confrontariam a "agressão injustificada, injusta e criminosa" da Arábia Saudita.

Moradores e autoridades de segurança disseram que a segunda noite de ataques aéreos, realizados por todo o Iêmen, tiveram como alvo as forças aéreas e as bases terrestres leais ao ex-presidente Ali Abdullah Salé, cujas forças impulsionaram o avanço Houthi.

A intervenção militar liderada pelos sauditas representa um marco na escalada do conflito no Iêmen, em que o Irã apoia os muçulmanos xiitas Houthi, ao mesmo tempo em que as monarquias muçulmanas sunitas do Golfo apoiam seus companheiros sunitas no sul do Iêmen.

O Irã denunciou o ataque surpresa contra os Houthi e exigiu uma imediata interrupção das operações militares lideradas pela Arábia Saudita.

A mobilização, pela Arábia Saudita, de uma coalização de países sunitas contra seus inimigos xiitas vai inflamar ainda mais o ódio sectário nas guerras que se agravam no Oriente Médio, afirmou Teerã.

A retirada de Hadi, sob a proteção dos sauditas, da cidade de Áden, sua base de resistência desde que fugiu de Sanaa em fevereiro, pode representar uma virada no conflito.

A agência de notícias estatal saudita mostrou imagens de Hadi sorrindo e apertando a mão do ministro da Defesa saudita, que o recebeu no aeroporto da capital Riad. O presidente iemenita afirmou que segue para o Egito no sábado, para comparecer a uma cúpula de países árabes.

Mohammed Marem, chefe de gabinete de Hadi, confirmou que ele compareceria ao encontro em pessoa, desistindo de seu plano original de dirigir-se à cúpula por teleconferência.

"À luz dos eventos e desenvolvimentos que aconteceram desde o amanhecer, ele decidiu comparecer à cúpula e participar em pessoa", disse Marem à Reuters.

Mas não ficou esclarecido se Hadi retornaria a Áden. Nos arredores norte da cidade, os Hothis e tropas aliadas travaram tiroteios com milicianos leais a Hadi. Treze combatentes pró-Houthi e três milicianos foram mortos, enquanto deversas outras pessoas morreram em confrontes de rua nas em curso em cidades próximas.

Combatentes pró-Hadi retomaram o aeroporto de Áden, que permanece fechado, um dia depois do local ter sido capturado por forças Houthi.

APOSTA ALTA

A atitude saudita foi uma grande aposta do maior exportador mundial de petróleo para desfazer a influência iraniana em suas vizinhanças, feita sem o apoio de Washington.

"Vamos fazer o que for preciso para proteger o governo legítimo do Iêmen de ser derrubado", disse embaixador da Arábia Saudita nos Estados Unidos, Adel al-Jubeir, numa coletiva de imprensa em Washington.

Em Sanaa, cidade controlada pelos Houthi desde setembro, aviões de guerra bombardearam o principal aeroporto, assim como a base militar Dulaimi, disseram moradores.

© Reuters. Seguidores de grupo rebelde Houthi fazem protesto em Sanaa

Equipes de resgate disseram que 13 pessoas morreram.

Aviões de guerra também atingiram militantes Houthi perto da fronteira com a Arábia Saudita, disseram fontes tribais e dos Houthi.

(Reportagem adicional de Matt Spetalnick, Phil Stewart, Patricia Zengerle, Yeganeh Torbati, Sandra Mahler, Michelle Nichols, Mohammed Mukhashaf, Mohammed Ghobari, Noah Browning e Parisa Hafezi)

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