CIDADE DO MÉXICO (Reuters) - O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, disse na segunda-feira que concentraria sua resposta ao novo coronavírus na ajuda aos mais pobres em detrimento de grandes empresas à medida que o vírus se propaga no país, mas alegou que revelaria mais detalhes nesta terça-feira.
Autoridades registraram 367 casos confirmados na segunda-feira, 316 a mais que no dia anterior, além de um total de quatro mortes, incluindo duas pessoas com diabete.
Embora o governo mexicano ainda não tenha anunciado medidas drásticas para reduzir o contágio, como restrições de viagem ou pedido de isolamento social, já proibiu grandes eventos, suspendeu aulas em escolas de ensino fundamental e recomendou o distanciamento entre as pessoas. Pequenos negócios já sentem os impactos pelo país, onde milhões de cidadãos vivem na pobreza.
"Se temos de resgatar alguém, quem temos de resgatar? Os pobres", disse López Obrador em sua coletiva de imprensa diária.
"Não faremos mais resgates no estilo do período neoliberal, que visava a bancos e grandes empresas. Eles nem deveriam estar pensando que haveria perdão fiscal ou outros mecanismos que foram usados antes", acrescentou.
Mais tarde, López Obrador tuitou que falaria em sua coletiva desta terça-feira sobre planos para proteger a população mais "vulnerável" do México, acrescentando que o país tinha fundos públicos suficientes.
O presidente chegou ao cargo prometendo priorizar os mais necessitados e frenquentemente culpa as administrações anteriores por muitos problemas do México, incluindo políticas neoliberais que alega terem beneficiado apenas uma pequena parcela seletiva.
(Por Daina Beth Solomon)