BERLIM (Reuters) - O diretor executivo da Lufthansa disse nesta quinta-feira que estava atordoado com a suposição de que o co-piloto do avião da Germanwings deliberadamente provocou a queda do avião em uma montanha nos Alpes franceses.
Um procurador francês disse que o copiloto alemão Andreas Lubitz, de 28 anos, aparentemente tinha o intuito de destruir o Airbus A320 quando desceu a aeronave.
"Estamos abalados. É o nosso pior pesadelo que tal tragédia possa ter acontecido no nosso grupo", disse o presidente-executivo Carsten Spohr a repórteres, em Colônia.
A companhia examinou cuidadosamente sua equipe e não só testou suas habilidades técnicas, mas também fez testes psicológicos.
Spohr disse que o copiloto havia tirado uma pausa de 11 meses, no qual trabalhou como comissário de bordo, mas passou em todos os testes relevantes antes de voltar. O diretor disse que a pausa não foi fora do comum e se negou a dar detalhes sobre as razões por trás da pausa no treinamento.
"Não importa suas medidas de segurança, não importa o quão alto você coloque o nível, e nós temos padrões extremamente altos, não existe maneira de excluir tal evento", disse Spohr. "Este é um horrível acontecimento único."
Apesar da confiança nos pilotos e nos treinamentos, o diretor disse que a empresa iria revisar os procedimentos de admissão e treinamento por conta do acidente.
Quando perguntado se a Lufthansa e a Germanwings iriam descrever o acidente como suicídio, Spohr respondeu : "Não sou advogado, mas se uma pessoa leva mais 149 pessoas a morrer, então precisamos de outra palavra que não seja suicídio".
(Reportagem de Victoria Bryan)