Por Marco Aquino
LIMA (Reuters) - O presidente peruano, Martín Vizcarra, realizou uma grande reforma ministerial nesta quarta-feira, substituindo mais da metade de seus ministros, no momento em que sua popularidade é afetada pelo forte impacto econômico da pandemia de coronavírus.
Vizcarra colocou o advogado Pedro Cateriano como primeiro-ministro para liderar o gabinete e mexeu no importante Ministério de Energia e Mineração, nomeando o economista Rafael Belaunde. O presidente manteve sua ministra da Economia, María Antonieta Alva.
O Peru, segundo maior produtor de cobre do mundo, tem sido duramente atingido pelo surto de Covid-19, com o quinto maior número de casos globalmente, apesar de um isolamento rigoroso imposto em março. A economia entrou em colapso com a queda da produção mineira.
Em um sinal dos tempos incomuns, um dos novos ministros prestou juramento por vídeo enquanto cumpre quarentena em casa após testar positivo para Covid-19.
O ministro da Saúde do país, que foi criticado pelo modo como lidou com a pandemia, também foi destituído, sendo substituído pela cirurgiã Pilar Mazzetti, que ocupou a mesma posição há vários anos e liderava o Comando de Operações Covid-19.
"Nesta nova etapa... aprofundaremos as medidas para acelerar a recuperação econômica e devolver o Peru ao caminho do crescimento", disse Vizcarra em discurso no Palácio do Governo.
O país andino anunciou anteriormente contração econômica de 32,75% em maio em comparação ao ano anterior, a terceira queda mensal consecutiva.