Por Hyonhee Shin e Josh Smith
SEUL (Reuters) - O presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, concedeu o perdão presidencial à ex-presidente Park Geun-hye, que estava na prisão após ser condenada por corrupção, afirmou o Ministério da Justiça sul-coreano na sexta-feira, em meio a uma disputada corrida presidencial.
Park, 69, se tornou a primeira líder democraticamente eleita a ser retirada do cargo quando a Corte Constitucional respeitou uma votação do Parlamento pelo seu impeachment em 2017 após um escândalo que também colocou os presidentes de dois conglomerados, entre eles a Samsung (KS:005930), na cadeia.
A ex-presidente foi derrubada após ser considerada culpada de conspirar com um amigo para receber dezenas de bilhões de wons de grandes conglomerados empresariais com o objetivo de abastecer as fundações não-governamentais sem fins lucrativos da família de seu amigo.
Em janeiro, a principal corte sul-coreana manteve a sentença de 20 anos de prisão para Park, aplicada com as acusações de corrupção e que finalizaram sua queda, encerrando de vez o processo legal.
O advogado de Park, Yoo Yeong-ha, disse que ela havia oferecido um pedido de desculpas por causar a preocupação do público e agradeceu Moon por ter tomado uma decisão difícil.
O gabinete de Moon disse que o perdão a Park teve a intenção de "superar a história infeliz do passado, promover a união do povo e dar as mãos para o futuro".
(Reportagem de Josh Smith e Hyonhee Shin)