PORTO PRÍNCIPE (Reuters) - Os haitianos foram às urnas neste domingo pela primeira vez em quatro anos, em um teste de estabilidade para um país pobre que é constantemente acometido por turbulências políticas.
Homens armados com pedras e garrafas atacaram postos de votação na capital Porto Príncipe e ao menos três deles foram obrigados a fechar, de acordo com funcionários do comitê eleitoral.
A nação caribenha com cerca de 10 milhões de habitantes tem enfrentado dificuldades para construir uma democracia estável desde a deposição da ditadura da família Duvalier, que comandou o Haiti de 1957 a 1986, e subsequentes golpes militares e fraudes eleitorais.
O país também foi devastado por um terremoto em 2010 que destruiu grande parte da capital, inclusive o palácio presidencial, matando dezenas de milhares de pessoas.
O presidente Michel Martelly, que não pode se reeleger, tem dezenas de candidatos concorrendo em todo o país sob a legenda PHTK.
O Partido da Verdade (Verite Party), do ex-presidente Rene Preval, e o partido da família Lavalas, ligado ao presidente duas vezes deposto Jean-Bertrand Aristide, também estão concorrendo.
(Reportagem de Peter Granitz)