TUNES (Reuters) - O primeiro-ministro designado da Tunísia, Habib Jemli, enviou uma proposta de gabinete ao presidente Kais Saied nesta quarta-feira, mas ainda não anunciou publicamente os nomes dos ministros.
O novo governo, que Jemli havia dito mês passado que seria formado por independentes, será submetido ao Parlamento na quinta-feira e precisa de apoio da maioria para assumir o poder.
Isso será feito quase três meses após a eleição que resultou em um Parlamento profundamente dividido, no qual nenhum partido levou mais do que um quarto dos assentos, o que conduziu a duras negociações para formar uma coalizão que pudesse vencer um voto de confiança.
Jemli afirmou em uma entrevista coletiva que seu governo se concentraria na economia, assunto que tem atormentado todos os governos da Tunísia desde a revolução de 2011 que introduziu a democracia.
O governo que está de saída realizou cortes dolorosos para reduzir o déficit público, mas o Fundo Monetário Internacional (FMI) e outros credores estrangeiros querem mais reformas fiscais.
(Por Angus McDowall e Mohamed Argoubi em Tunes e Hesham Abdul Khalek no Cairo)