Por Jonathan Stempel
NOVA YORK (Reuters) - O príncipe Andrew, do Reino Unido, foi processado em um tribunal da cidade norte-americana de Nova York por uma mulher que alegou que ele a agrediu sexualmente e a espancou duas décadas atrás, quando ela tinha 17 anos.
Virginia Giuffre, que diz ter sido traficada por sexo pelo financista Jeffrey Epstein, que morreu na prisão em 2019, processou Andrew, o segundo filho da rainha Elizabeth, no tribunal distrital de Manhattan.
Um porta-voz de Andrew, o duque de York, não quis comentar.
"O príncipe Andrew forçou a queixosa, uma criança, a ter relações sexuais com o príncipe Andrew contra sua vontade", diz a ação civil de Giuffre, antes conhecida como Virginia Roberts.
Em uma entrevista de 2019 à rede BBC, o príncipe disse não se lembrar de ter conhecido Giuffre e negou sua acusação de abuso sexual.
Andrew, de 61 anos, é uma das pessoas mais proeminentes ligadas a Epstein, que procuradores federais de Manhattan acusaram em julho de 2019 de explorar sexualmente dezenas de mulheres e meninas.
Epstein, formalmente considerado um agressor sexual, suicidou-se aos 66 anos em uma prisão de Manhattan em 10 de agosto de 2019 enquanto aguardava julgamento. Mais tarde, procuradores disseram que Andrew não cooperou com seu inquérito.
"Estou responsabilizando o príncipe Andrew pelo que ele fez comigo", disse Giuffre em um comunicado. "Os poderosos e ricos não estão isentos de ser responsabilizados por suas ações".
Não foi possível fazer contato com porta-vozes dos advogados de Andrew para obter comentários.
(Reportagem adicional de Mark Hosenball, em Washington, e Guy Faulconbridge, em Londres)