Por Brian Ellsworth
FORT LAUDERDALE (Reuters) - Um procurador norte-americano fez um apelo, nesta segunda-feira, para que jurados condenem à morte o atirador que matou 17 pessoas em um atentado a uma escola na Flórida em 2018.
Nikolas Cruz, de 23 anos, se declarou culpado em outubro do assassinato premeditado de 14 estudantes e 3 funcionários da Marjory Stoneman Douglas High School, em Parkland, a aproximadamente 48 quilômetros de Fort Lauderdale.
O procurador Michael Satz disse ao corpo de jurados do Condado de Broward no primeiro dia da fase penal do julgamento que Cruz cometeu o "assassinato sistemático, planejado, orientado ao objetivo --de um assassinato em massa-- de 14 estudantes, um diretor atlético, um professor, e um técnico".
Cruz, que era um ex-estudante expulso da escola, de 19 anos, à época do massacre, será condenado à prisão perpétua sem condicional, se qualquer um dos 12 jurados for contra a pena de morte. A decisão pode levar vários meses.
Cerca de três dezenas de familiares das vítimas estavam presentes no tribunal. Alguns balançaram suas cabeças ou choraram enquanto Satz descrevia o massacre, citando nominalmente cada uma das 17 pessoas que foram mortas, e dos 17 feridos no ataque.
Vestido em uma blusa preta e cinza e com uma máscara preta, Cruz, ouviu, jogado em sua cadeira, olhando para o chão, por grande parte da fala de Satz. Ele parece ter feito várias anotações, repassando-as a seu advogado.
Cruz, em sua declaração de culpa, disse "lamentar muito" e pediu uma chance para ajudar os outros. Satz disse que os fatores agravantes no caso, incluindo a premeditação, superam os argumentos de leniência, incluindo o histórico de problemas de saúde psiquiátrica de Cruz.