Por Sarah N. Lynch
WASHINGTON (Reuters) - O procurador especial dos Estados Unidos que está investigando a suposta interferência da Rússia na eleição presidencial de 2016 acusou um advogado de ter mentido sobre suas comunicações com Rick Gates, ex-assessor da campanha do presidente dos EUA, Donald Trump.
O procurador especial, Robert Mueller, revelou nesta terça-feira as acusações criminais apresentadas contra o advogado Alex van der Zwaan por supostamente mentir ao FBI em novembro a respeito de um trabalho realizado por sua firma em 2012 relacionado à Ucrânia.
A acusação deve pressionar Gates e Paul Manafort, ex-gerente de campanha de Trump, ambos sujeitos a acusações criminais, como as de terem conspirado para lavar dinheiro e não terem se registrado como agentes estrangeiros para seu trabalho político para um partido ucraniano pró-Rússia.
Eles se declararam inocentes. Existe a possibilidade de um julgamento ocorrer durante o outono norte-americano, mas segundo reportagens recentes Gates deve assumir a culpa no futuro próximo.
Mueller está investigando se a campanha de Trump se mancomunou com a Rússia durante a eleição de 2016. Trump disse não ter havido conluio, e Moscou nega ter interferido na votação.
Os documentos de acusação, divulgados nesta terça-feira, dizem que Van der Zwaan fez declarações falsas sobre a última vez em que fez contato com Gates e outra pessoa só identificada como "pessoa A".
Ele teria dito aos investigadores que não sabe por que um email que trocou com a pessoa A não foi entregue ao escritório de Mueller, mas na verdade apagou ou deixou de entregar emails que eram procurados.