BERLIM (Reuters) - Procuradores alemães acusaram um compatriota de 100 anos de ter sido cúmplice de 3.518 assassinatos cometidos enquanto supostamente era guarda do campo de concentração de Sachsenhausen durante a segunda metade da Segunda Guerra Mundial.
De acordo com a televisão pública NDR, o suspeito, que hoje mora em Brandenburgo, Estado do nordeste da Alemanha, é acusado de contribuição "material e intencional" aos assassinatos no campo, onde 100 mil morreram.
Em anos recentes, procuradores apresentaram acusações contra vários ex-supervisores de campos de concentração idosos, aproveitando a última oportunidade de fazer justiça pelos milhões assassinados em muitos campos da Alemanha nazista, entre eles judeus, ciganos, gays e prisioneiros políticos.
No ano passado, Bruno D., de 93 anos, foi condenado por ter sido cúmplice de assassinato, e na semana passada procuradores acusaram Irmgard F., secretária de 95 anos do campo de Stutthof, de ser cúmplice de 10 mil assassinatos.
A NDR noticiou que o suspeito supostamente trabalhou em Sachsenhausen entre 1942 e 1945.
O campo, montado perto de Berlim em 1936, ficou conhecido devido aos experimentos iniciais de assassinatos de detentos com gás, um ensaio para os assassinatos de milhões nas câmaras de gás de Auschwitz.
Procuradores e autoridades judiciais de Neuruppin, onde as acusações foram apresentadas, não responderam de imediato a pedidos de comentário.
(Por Thomas Escritt)