PARIS (Reuters) - Procuradores franceses abriram uma investigação sobre o vazamento de grandes quantidades de dados hackeados da campanha de Emmanuel Macron dois dias antes da eleição presidencial de domingo, na qual o centrista venceu, disse nesta terça-feira uma fonte judicial.
A equipe de Macron informou que um ataque hacker “maciço” colocou online emails, documentos e informações financeiras de sua campanha, pouco antes do fim das atividades dos candidatos na sexta-feira e de a França entrar em um silencioso período que proibia políticos de comentarem sobre o vazamento.
Autoridades francesas trabalharam para não permitir que o ataque hacker influenciasse o resultado da eleição, com a comissão eleitoral alertando à mídia no sábado que seria ofensa criminal republicar os dados.
Procuradores estão investigando “entrada em um sistema de dados automático e violação da confidencialidade de correspondência”, disse a fonte judicial.
A investigação será conduzida por uma unidade da polícia de Paris especializada em crimes cibernéticos.
A agência de segurança cibernética do governo francês, ANSSI, também informou nesta terça-feira que a comissão eleitoral presidencial pediu à agência para providenciar expertise técnica sobre o ataque hacker.
Macron, que era favorito há tempos, se tornou vencedor na eleição de domingo, tendo 66 por cento dos votos, contra 34 por cento da líder da extrema-direita, Marine Le Pen.