Por Lenzy Krehbiel-Burton
OKLAHOMA CITY (Reuters) - Professores do Estado norte-americano de Oklahoma fecharam escolas nesta segunda-feira e se juntaram a uma onda de educadores dos Estado Unidos que exigem aumento de salário e mais financiamento para um sistema educacional que sofre as consequências de uma década de cortes orçamentários.
A greve de alguns dos professores menos bem pagos do país ocorreu no mesmo dia em que professores do Kentucky vestidos com camisetas vermelhas tomaram as ruas da capital estadual exigindo garantias das aposentadorias, e na esteira de uma greve semelhante realizada cerca de um mês atrás por professores da Virgínia Ocidental devido aos salários.
Os professores afirmam que anos de austeridade orçamentária em muitos Estados levaram a uma estagnação dos salários já baixos.
Em Oklahoma City, um grupo deles tocou a canção "We're Not Gonna Take It" (Não Aceitaremos) enquanto ônibus repletos de professores vindos de todo o Estado chegavam ao Capitólio estadual. Os manifestantes carregavam cartazes dizendo "Como vocês podem colocar os alunos em primeiro lugar se colocam os professores em último?" antes de uma passeata que prometia atrair milhares.
"Estou revoltado com os cortes, e cortes cada vez mais profundos", disse Betty Gerber, professora aposentada de Broken Arrow, no Oklahoma.
Na semana passada a legislatura de maioria republicana do Oklahoma aprovou o primeiro grande aumento de impostos do Estado em um quarto de século para ajudar a custear aumentos de salário para os professores, esperando evitar uma greve com um pacote de 450 milhões de dólares de fundo.
(Reportagem adicional de Bernie Woodall, em Fort Lauderdale)