Por Dave Sherwood
SANTIAGO (Reuters) - O programa de vacinação do Chile atingiu as geleiras da Antártida, disseram autoridades e pesquisadores à Reuters nesta quarta-feira, trazendo uma sensação de alívio a um dos lugares mais isolados e vulneráveis da Terra.
A pandemia afetou a Antártida em dezembro, tornando-a o último dos continentes a registrar casos de Covid-19. Autoridades chilenas de saúde e do Exército tiveram dificuldade para retirar as pessoas de uma região remota com instalações médicas limitadas.
Marcela Andrade, funcionária do Instituto Antártico Chileno (INACH), disse à Reuters por telefone que representantes da Força Aérea e trabalhadores da base de pesquisa Professor Julio Escudero foram vacinados no domingo com o imunizante da chinesa Sinovac Biotech.
Ela afirmou que o surto ocorrido há vários meses foi bem administrado, mas que o susto foi um lembrete da importância da vacinação rápida em um local tão remoto e desfavorável.
“É um alívio”, disse Marcela Andrade, acrescentando que os trabalhadores da região isolada correm um risco especial. “Não temos voos ou navios partindo todos os dias aqui. É complicado transportar pessoas que (estão doentes) ou um risco para outras.”
O Chile saltou à frente de grande parte da América Latina e do mundo em seu programa de vacinação e já imunizou a maioria de seus profissionais de saúde da linha de frente, militares e idosos. Mas um aumento no número de contágio em todo o país levou os hospitais à beira do colapso e forçou novas restrições ao movimento de pessoas.