PARIS (Reuters) - O Paris St. Germain levará sua disputa salarial com Kylian Mbappé aos tribunais após o órgão dirigente da liga francesa de futebol (LFP) decidir a favor do capitão da França nesta sexta-feira.
Segundo a imprensa francesa, o jogador de 25 anos, que não comentou sobre a disputa, está buscando cerca de 55 milhões de euros em salários e bônus que ele diz serem devidos pelo clube.
Os campeões da Ligue 1, no entanto, dizem que o contrato de Mbappé foi "legalmente alterado" e que ele renegou os compromissos quando deixou o clube para se juntar ao gigante espanhol Real Madrid.
O PSG disse no mês passado que Mbappé havia recusado uma oferta da LFP para mediar a questão.
A Comissão Nacional Conjunta de Apelações da LFP ouviu as partes em 15 de outubro e anunciou nesta sexta-feira que decidiu a favor de Mbappé.
"O clube deve pagar a ele o salário que ele está reivindicando. Essa decisão não está sujeita a apelação, mas pode ser encaminhada ao Comitê Executivo da FFF (Federação Francesa de Futebol)", disse a LFP à Reuters.
No entanto, o PSG disse que seria "forçado a levar o caso aos tribunais competentes", enquanto ainda tenta encontrar uma "solução amigável" com Mbappé, que se tornou o maior artilheiro de todos os tempos do clube francês durante sua estadia de sete anos na capital francesa.
"O que está em debate, e será finalmente ouvido perante um tribunal apropriado, é que o contrato original foi legalmente alterado em agosto de 2023 em relação à temporada 2024/2025, e também totalmente reconhecido pelo jogador, inclusive em janeiro de 2024 -- até que o jogador então decidiu renegar todos os seus compromissos ao deixar o clube", disse um porta-voz do PSG.
"Por uma questão de direito e de fato, o jogador assumiu compromissos públicos e privados claros e repetidos que o clube simplesmente pede que sejam honrados, com o jogador recebendo benefícios sem precedentes do clube durante sete anos em Paris."
"O clube espera que esses compromissos básicos sejam simplesmente respeitados, sabendo que o clube será forçado a julgar má-fé do jogador pelos tribunais competentes se o jogador, lamentavelmente, tentar levar adiante essa disputa incompreensivelmente prejudicial, para si mesmo e para o futebol francês."
Os representantes de Mbappé não estavam imediatamente disponíveis para comentar.
Em janeiro, Mbappé disse que havia feito um acordo com o presidente do PSG, Nasser Al-Khelaifi, que "protegeria todas as partes e preservaria a serenidade do clube para os desafios futuros".
(Reportagem de Rohith Nair e Julien Pretot)