Por Guy Faulconbridge
MOSCOU (Reuters) - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, visitará a China nesta quinta-feira para conversas com Xi Jinping que o Kremlin espera que aprofundem uma parceria estratégica entre os dois país, adversários geopolíticos mais poderosos dos Estados Unidos.
China e Rússia declararam uma parceria “sem limites” em fevereiro de 2022, quando Putin visitou Pequim, apenas dias antes de enviar dezenas de milhares de tropas à Ucrânia, provocando o conflito terrestre mais letal na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.
Ao escolher a China como seu primeiro destino no exterior desde que foi empossado para um mandato de seis anos, que o manterá no poder até pelo menos 2030, Putin está enviando uma mensagem ao mundo sobre suas prioridades e a profundidade de sua relação pessoal com Xi.
Em entrevista à agência de notícias chinesa Xinhua, Putin elogiou Xi por ajudar a construir uma “parceria estratégica” com a Rússia, baseada em interesses nacionais e grande confiança mútua.
“Foi o alto nível sem precedentes da parceria estratégica entre nossos países que determinou minha escolha da China como o primeiro Estado que visitaria após ser oficialmente empossado como presidente da Federação Russa”, disse Putin.
“Tentaremos estabelecer uma cooperação mais próxima nos campos da indústria e da alta tecnologia, espaço e energia nuclear pacífica, inteligência artificial, fontes renováveis de energia e outros setores inovadores”, afirmou.
Putin, de 71 anos, e Xi, de 70, participarão de um evento de gala em comemoração dos 75 anos desde que a União Soviética reconheceu a República Popular da China, declarada por Mao Tsé-Tung em 1949.
A Reuters publicou com exclusividade em março que Putin viajaria à China em maio.
(Reportagem de Guy Faulconbridge)