WASHINGTON (Reuters) - Quaisquer sanções impostas à Rússia por sua agressão à vizinha Ucrânia não exporiam particularmente a economia dos Estados Unidos, embora o governo Biden esteja focado em qualquer possível impacto sobre o petróleo, disse a principal autoridade econômica da Casa Branca nesta quinta-feira.
"As ações que temos prontas e que estamos trabalhando em estreita colaboração com nossos aliados para implantar imporiam custos muito significativos ao longo do tempo para a economia russa, e faria isso de uma maneira que mitigaria o impacto na economia global e na economia norte-americana", disse o diretor do Conselho Econômico Nacional, Brian Deese, em entrevista à CNN.
"Nós, como economia, não estamos particularmente expostos à forma como implementaríamos esses custos. Há receio óbvio nos mercados de energia, por exemplo, e o prêmio de risco nos preços do petróleo, e isso é uma questão em que estamos muito focados e buscando como podemos tomar medidas para mitigar", disse ele.
Países ocidentais dizem temer que a Rússia esteja planejando um novo ataque contra a Ucrânia, quase oito anos depois que suas forças tomaram a península da Crimeia.
A Rússia reuniu dezenas de milhares de soldados perto da fronteira com a Ucrânia nos últimos meses. O país sob liderança de Vladimir Putin nega ter planejado um ataque, mas diz que poderia realizar uma ação militar não especificada, a menos que uma lista de exigências seja cumprida, incluindo uma promessa da Otan de nunca admitir a Ucrânia como membro.
Os EUA e outras potências ocidentais levantaram a perspectiva de novas sanções contra Moscou, possivelmente as mais severas até agora, se atacar sua vizinha.
Deese disse que qualquer ação se concentraria especificamente nas finanças de Moscou.
"A realidade aqui é que as medidas que estamos preparados para tomar imporiam custos assimétricos e muito significativos à economia russa", disse ele à CNN.
(Por Susan Heavey)