LAMU, Quênia (Reuters) - Moradores de uma ilha queniana construíram um barco feito inteiramente de plástico reciclado coletado durante ações de limpeza do oceano para destacar a ameaça crescente de resíduos de plástico no mar.
O governo queniano impôs no ano passado a lei mais dura do mundo contra sacolas plásticas, segundo a qual os infratores --incluindo produtores, varejistas e quenianos comuns-- correm o risco de serem presos por até quatro anos ou sofrerem multas de 40 mil dólares, em uma tentativa de reduzir a poluição.
Muitas sacolas acabam no oceano, estrangulando tartarugas, sufocando aves marinhas e enchendo os estômagos de golfinhos e baleias.
A construção do barco foi apelidada de projeto FlipFlopi por causa das centenas de sandálias de plástico recicladas que cobrem o navio.
O veleiro de 9 metros, que a equipe construiu com mais de 10 toneladas de lixo plástico, navegou pela primeira vez nas águas da ilha de Lamu, no Quênia, neste sábado.
O lançamento coincidiu com o Dia Mundial da Limpeza, durante o qual grupos ambientalistas realizam atividades para combater a poluição.
O barco é uma profusão de cores, incluindo vermelho, verde, azul e amarelo, devido aos chinelos usados para cobrir o casco e outras partes.
"Esperamos que as pessoas ao redor do mundo se inspirem em nosso belo barco multicolorido e encontrem suas próprias maneiras de reutilizar os plásticos já utilizados", disse Ben Morrison, fundador do projeto FlipFlopi.