Por Oswaldo Rivas
MANÁGUA (Reuters) - Ao menos 15 pessoas morreram e mais de 200 ficaram feridas na Nicarágua na quarta-feira, um dos dias mais violentos desde o início dos protestos contra o presidente Daniel Ortega mais de um mês atrás, informou a polícia na quinta-feira.
O massacre foi criticado pela conferência episcopal de bispos católicos do país da América Central, que a classificou como uma "agressão organizada e sistemática" e suspendeu conversas com o governo agendadas para a quinta-feira.
Testemunhas disseram que grupos armados pró-governo abriram fogo contra os manifestantes durante uma passeata na quarta-feira, Dia das Mães no país. A marcha foi realizada para lembrar as crianças que estavam entre as mais de 80 pessoas que morreram desde que os protestos começaram.
"O número de pessoas mortas como produto das ações de grupos delinquentes que operam usando máscaras foi de 15", disse o sub-diretor da Polícia Nacional, Francisco Diaz, acrescentando que sete destas morreram na capital Manágua e que 218 pessoas ficaram feridas.
O Exército disse estar tratando de alguns feridos, incluindo vários policiais.
A organização de direitos humanos local Cenidh disse em um comunicado que os acontecimentos da quarta-feira causaram 16 mortes e que 100 pessoas morreram desde o início das manifestações.