MOSCOU (Reuters) - A Rússia informou nesta sexta-feira ter começado a reduzir suas forças militares na Síria sob os termos de um frágil acordo de cessar-fogo entre grupos de oposição e o governo sírio.
O governo do presidente russo, Vladimir Putin, anunciou o cessar-fogo no fim de dezembro, e disse que a Rússia retiraria algumas de suas forças na Síria, onde sua intervenção militar mudou o rumo da guerra civil a favor do presidente Bashar al-Assad.
O chefe do Estado Maior da Rússia, Valery Gerasimov, disse que a retirada havia começado nesta sexta-feira, com a saída da frota naval russa liderada pelo porta-aviões Almirante Kuznetsov do leste do Mediterrâneo.
“De acordo com a decisão do comandante supremo das Forças Armadas da Federação Russa, Vladimir Putin, o Ministério da Defesa está começando a reduzir a mobilização de suas forças na Síria”, disse Gerasimov.
“Gostaria de parabenizar toda a tripulação do grupo do porta-aviões sobre a bem-sucedida conclusão de suas tarefas.”
O Kuznetsov liderou a frota naval russa que operava na costa da síria, uma rara mobilização desde o colapso da União Soviética. A unidade fornecia apoio aéreo ao Exército sírio. Ataques de larga escala contra forças rebeldes foram lançados pela frota em novembro.
O chefe do Estado Maior do Exército sírio, tenente-general Ali Abdullah Ayoub, visitou o Kuznetsov a fim de marcar o fim da missão.
Em declarações transmitidas pela TV estatal russa, ele salientou a importância do apoio militar dado a Damasco na “guerra contra o terrorismo e a necessidade de desenvolver cooperação militar” com a Rússia, mesmo após “a vitória sobre o terrorismo”.
A Rússia, no entanto, não cumpriu promessas de retirar suas forças da Síria, após ter anunciado a redução de militares no país em março do ano passado. Operações em terra e ar continuaram e reforços foram enviados em outubro.
(Por Jack Stubbs, em Moscou, e Tom Perry, em Beirute)