BOGOTÁ (Reuters) - O grupo rebelde colombiano ELN libertou nesta quarta-feira mais seis reféns que tomou no mês passado, informaram o governo e o grupo, conforme o presidente de direita Iván Duque avalia se irá retomar negociações de paz com os insurgentes.
Duque, que assumiu em 7 de agosto, disse que os rebeldes marxistas precisam libertar um total de 19 reféns mantidos pelo grupo e cessar atividades criminosas, como tráfico de drogas, antes de retomar as negociações, que começaram com o governo anterior há 18 meses.
Mais cedo neste mês, o Exército de Libertação Nacional libertou três reféns. O governo disse que o grupo mantém outros 10 civis. Os libertados nesta quarta-feira eram três policiais, um soldado e dois civis contratados pelas Forças Armadas.
A última rodada de negociações, que estão sendo realizadas em Cuba, terminou em 1º de agosto, antes de o ex-presidente Juan Manuel Santos deixar o cargo.
“Nós acompanhamos a comissão humanitária que facilitou a libertação de seis pessoas que estavam sendo mantidas pelo ELN desde agosto. Nós estamos felizes que em breve poderão se reunir com suas famílias”, tuitou o Comitê Internacional da Cruz Vermelha.
O ombudsman de direitos humanos do governo também confirmou a libertação, que aconteceu na província de Choco.
Em mensagem em vídeo, um comandante do ELN conhecido somente por seu nome de guerra, Uriel, disse: “O ELN mantém sua palavra”.
O governo e o ELN fracassaram em chegar a um acordo de cessar-fogo no final da rodada mais recente de conversas. O grupo renovou ataques a bombas e sequestros após um cessar-fogo bilateral, o primeiro entre os dois lados, expirar em janeiro.
(Reportagem de Helen Murphy)