RIAD (Reuters) - Combatentes houthis, do Iêmen, dispararam morteiros e foguetes contra uma cidade fronteiriça da Arábia Saudita nesta terça-feira pela primeira vez desde que uma coalizão liderada pelos sauditas começou uma campanha militar contra eles, no fim de março, disse um porta-voz da coalizão.
Os projéteis atingiram uma escolha de meninas e um hospital em Najran, que fica a apenas três quilômetros da fronteira com o Iêmen, disse o brigadeiro-general Ahmed Asseri, levando autoridades a fechar todas as escolas na área. Não havia detalhes imediatos sobre vítimas.
O ataque ocorreu depois da divulgação de um comunicado de Riad, na segunda-feira, de que estava considerando um cessar-fogo para permitir ajuda humanitária no país vizinho e um pedido do presidente iemenita, Abd-Rabbu Mansour Hadi, exilado na Arábia Saudita, para que haja conversas entre facções políticas no Iêmen.
"Houve disparos aleatórios de morteiros e Katyushas contra um distrito residencial. Infelizmente esses disparos acertaram uma escola de meninas, um hospital e algumas casas", disse Asseri em entrevista por telefone.
"Não vamos deixar esta ação passar sem reação. A Força Aérea e outros componentes da coalizão vão lidar com a fonte do ataque", acrescentou.
A Organização das Nações Unidas afirmou nesta terça-feira que o conflito no Iêmen havia causado a morte de pelo menos 646 civis desde que os ataques aéreos da coalizão começaram em 26 de março, incluindo 131 crianças. Mais de 1.346 civis foram feridos.
(Reportagem de Angus McDowall, Ahmed Tolba, Mohammed Ghobari, Tom Miles e Sami Aboudi)