BEIRUTE (Reuters) - Grupos armados rebeldes sírios disseram neste sábado que consideram o governo sírio e a Rússia responsáveis por quaisquer falhas nas negociações de paz para acabar com a guerra civil do país, mesmo antes de negociações previstas para começar em Genebra na próxima semana.
O Secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, disse estar confiante de que as negociações marcadas para 25 de janeiro iriam adiante na próxima semana.
Mas as conversas parecem cada vez mais propensas a parar, com uma disputa sobre a composição da equipe de negociação da oposição. Além disso, a oposição exige que a Rússia interrompa o bombardeio de áreas civis e os cercos do governo sírio como medidas de boa vontade antes que venha para a mesa de negociações.
"Consideramos o regime de Assad e seu aliado russo responsáveis por quaisquer fracassos do processo político devido aos seus crimes de guerra continuados", disse uma declaração conjunta de dezenas de facções rebeldes.
Eles criticaram a "ingerência nos assuntos da delegação de oposição", uma referência à exigência de Moscou de que a equipe de negociações da oposição seja expandida para incluir outras figuras que poderiam ser consideradas mais próximas de seu próprio pensamento, incluindo o partido curdo PYD.
A Rússia apóia seu aliado de longa data, o presidente sírio, Bashar al-Assad, e reforçou forças pró-governo com ataques aéreos contra grupos insurgentes desde setembro.
A declaração dos rebeldes foi assinada por grupos incluindo o poderoso Jaysh al-Islam. A Arábia Saudita apóia grupos de oposição que procuram derrubar Assad.
(Por Tom Perry e John Davison)