DUBAI (Reuters) - Quase 12 mil candidatos se registraram para disputar, em fevereiro, a eleição parlamentar no Irã, informou a TV estatal neste sábado, quebrando os recordes de participação num momento de incerteza política na República Islâmica.
O presidente Hassan Rouhani, um centrista que venceu a eleição por ampla margem em 2013 e celebrou um acordo nuclear com outras potências mundiais em julho, espera que seus apoiadores consigam garantir o controle da assembleia com 290 assentos, encerrando assim anos de domínio de facções conservadoras.
Um Legislativo favorável poderia fortalecer o mandato de Rouhani, permitindo a ele impulsionar reformas que ampliem as liberdades civis e políticas --área em que seus esforços têm sido até agora tolhidos por forças jurídicas e de segurança.
Rouhani e seu poderoso aliado, Akbar Hashemi Rafsanjani, esperam chegar a uma maioria ao capitalizar a popularidade angariada com o acordo alcançado em julho, no qual o programa nuclear iraniano foi restringido em troca da retirada de sanções econômicas contra o país.
Vários ex-ministros dos gabinetes de dois ex-presidentes, o reformista Mohammad Khatami e o conservador Mahmoud Ahmadinejad, estão entre os candidatos.
O Conselho Guardião, um órgão jurídico não eletivo que concede o aval a candidatos com base em critérios técnicos e ideológicos, deve provavelmente desqualificar vários milhares deles antes que os eleitores cheguem às urnas em 26 de fevereiro.
Para ser aprovado no procedimento de habilitação, os candidatos devem possuir um mestrado e apoiar os princípios da República Islâmica.
(Reportagem de Sam Wilkin)