BEIRUTE (Reuters) - Forças pró-governo bombardearam a região síria de Ghouta Oriental nesta terça-feira, matando ao menos 49 pessoas, após o local registrar o maior número de mortes em um único dia em três anos na segunda-feira, disse um grupo de monitoramento da guerra.
Cerca de 127 pessoas morreram em ataques aéreos, de foguetes e com bombas na área próxima de Damasco na segunda-feira, de acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, uma entidade com sede no Reino Unido.
No total, cerca de 190 pessoas já morreram desde que o bombardeio se intensificou na noite de domingo, e 850 ficaram feridas, informou a entidade.
Ainda na segunda-feira, a Organização das Nações Unidas (ONU) pediu um cessar-fogo imediato na área, dizendo que a situação está "fugindo do controle" após uma "escalada extrema nas hostilidades".
A União de Organizações de Cuidados Médicos e Alívio, uma coalizão de agências internacionais que financia hospitais na Síria, disse que bombas atingiram cinco hospitais de Ghouta Oriental na segunda-feira.
Em Genebra, o fundo da ONU para as crianças emitiu um "comunicado" geral para expressar sua revolta com as baixas entre crianças sírias, dizendo que ficou sem palavras.
A violência em Ghouta Oriental é parte de uma escalada mais abrangente nos combates em várias frentes do país, no momento em que o presidente sírio, Bashar al-Assad, se empenha em acabar com a rebelião de sete anos contra seu governo.
(Por Angus McDowall)