SEUL (Reuters) - Reguladores sul-coreanos aumentaram a pressão sobre o grupo Samsung devido à sua complexa estrutura proprietária, com o chefe do órgão antitruste dizendo nesta quinta-feira que o acordo para o controle do maior conglomerado do país não era sustentável.
O Samsung Group é controlado por meio de uma rede de circular de participações acionárias entre empresas como Samsung C&T, Samsung Life Insurance e Samsung Electronics.
Críticos disseram que a estrutura permitiu que a família do herdeiro da Samsung Jay Y. Lee mantenha o controle das empresas do conglomerado, especialmente na joia da coroa Samsung Electronics, com investimentos mínimos.
"O fato claro é que a atual estrutura proprietária e de controle do Samsung Group, que vai do vice-presidente do conselho de administração Jay Y. Lee para a Samsung C&T para a Samsung Life Insurance para a Samsung Electronics, não é sustentável", disse a repórteres Kim Sang-jo, presidente do conselho da Korea Fair Trade Commission, paralelamente a reuniões com líderes empresariais.
Participações acionárias circulares têm sido comuns entre poderosos conglomerados controlados por famílias na Coreia, conhecidos como chaebol, que têm enfrentado cada vez mais pedidos por reformas do governo e de investidores.
Kim é um conhecido crítico ao sistema "chaebol". Antes de se juntar ao órgão antitruste, ele criticou diversas vezes chaebols por suas complicadas estruturas acionárias cruzadas que, segundo ele, têm o objetivo de cimentar o controle familiar.
Nesta quinta-feira, Kim disse que está pedido que Jay Y. Lee tome uma decisão sobre a estrutura proprietária. Ele afirmou que o vice-presidente do conselho da Samsung Electronics Yoon Boo-keun, que participou da reunião, disse a ele que o assunto será considerado.
Um porta-voz da Samsung não comentou imediatamente.
(Por Heekyong Yang e Yuna Park; reportagem adicional de Joyce Lee)