RIAD (Reuters) - O rei da Arábia Saudita, Salman, reiterou o apoio do país a um Estado palestino, depois que seu filho e aparente herdeiro do trono disse que israelenses têm o direito de viver pacificamente em sua própria terra --em uma rara declaração por parte de um líder árabe.
O rei também enfatizou a necessidade de avançar o processo de paz em telefonema com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na noite de segunda-feira, feito depois que forças de segurança israelenses mataram 16 palestinos durante protesto ao longo da fronteira entre Israel e Gaza na semana passada.
O rei Salman reafirmou "o posicionamento firme do reino em relação à questão palestina e aos direitos legítimos do povo palestino a um Estado independente com Jerusalém como sua capital", disse a agência de notícias estatal SPA nesta terça-feira.
A agência não fez referência aos comentários do príncipe herdeiro Mohammed bin Salman em entrevista publicada na segunda-feira pela revista norte-americana The Atlantic, no mais recente sinal público de que os laços entre a Arábia Saudita e Israel podem estar se estreitando.
Perguntado se acredita que o povo judeu tem o direito de um Estado-nação em ao menos uma parte de sua pátria ancestral, o príncipe Mohammed disse, segundo a revista:
"Eu acredito que os palestinos e os israelenses têm o direito de ter suas próprias terras. Mas, nós temos que ter um acordo de paz para garantir a estabilidade para todos e para ter relações normais".
(Reportagem de Stephen Kalin)