Por Kylie MacLellan
LONDRES (Reuters) - O governo britânico disse nesta segunda-feira que introduziu novas sanções, inclusive contra o ministro da Educação da Rússia, Sergey Kravtsov, relacionadas ao que descreve como a deportação forçada de crianças ucranianas por Moscou.
O Reino Unido impôs 14 novas designações de sanções em resposta às "tentativas da Rússia de destruir a identidade nacional ucraniana", 11 das quais disse estarem ligadas à realocação forçada de crianças. Elas estarão sujeitas a congelamentos de ativos e proibições de viagens.
"Em seu assustador programa de deportação forçada de crianças e na propaganda cheia de ódio espalhada por seus lacaios, vemos a verdadeira intenção (do presidente russo, Vladimir) Putin - de varrer a Ucrânia do mapa", disse o secretário de Relações Exteriores britânico, James Cleverly, em comunicado.
"As sanções de hoje responsabilizam aqueles que apoiam o regime de Putin, incluindo aqueles que querem ver a Ucrânia destruída, sua identidade nacional dissolvida e seu futuro apagado."
Um pacote de sanções da União Europeia no mês passado incluiu aqueles que o bloco disse serem responsáveis pelas "transferências e deportações forçadas de crianças ucranianas e pessoas responsáveis pelo saque do patrimônio cultural da Ucrânia".
O Reino Unido diz que muitas das crianças foram enviadas para campos de reeducação, onde são "expostas à educação acadêmica, cultural, patriótica e militar centrada na Rússia".
No início deste mês, a Rússia disse que levou cerca de 700.000 crianças das zonas de conflito na Ucrânia para o território russo para sua própria proteção.