LONDRES (Reuters) - O governo britânico disse nesta terça-feira que fechará uma brecha que permite que varejistas dêem amostras grátis de vapes para crianças em uma repressão aos cigarros eletrônicos, cujos desenhos coloridos e sabores frutados os fazem se destacar nas prateleiras de supermercados.
“Estou profundamente preocupado com o aumento acentuado do uso de vaporizadores por crianças e chocado com relatos de vaporizadores ilícitos contendo chumbo nas mãos de crianças em idade escolar”, disse o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, no comunicado divulgado pelo Departamento de Saúde, referindo-se a uma reportagem da rede BBC na semana passada.
“O marketing e a venda ilegal de vapes para crianças são completamente inaceitáveis”.
A declaração citou uma pesquisa de 2023 da instituição de caridade de saúde pública Action on Smoking and Health (ASH) com jovens de 11 a 17 anos, na qual 2 em cada 5 jovens disseram que fumam vapes apenas para experimentá-lo, enquanto 1 em 5 disse que o faz devido à pressão dos pares.
A questão não é exclusiva do Reino Unido, onde a venda de vapes para menores de 18 anos é ilegal. Estima-se que 2,55 milhões de alunos do ensino fundamental e médio dos EUA relataram o uso de cigarros eletrônicos durante o início de 2022 em uma pesquisa, um nível que as autoridades de saúde disseram ser "preocupante".
“Devemos continuar a encorajar os fumantes a trocar para a vaporização como o menor risco, enquanto evitamos o marketing e a venda de vapes para crianças”, disse o diretor médico da Inglaterra, professor Chris Whitty, no comunicado.
O governo disse que também revisaria as regras sobre a emissão de multas para lojas que vendem vapes para menores de 18 anos para permitir que as autoridades locais emitam multas no local e fixem avisos de penalidade com mais facilidade.
(Reportagem de Muvija M)