Por Stephanie Nebehay
GENEBRA (Reuters) - O investigador da Organização das Nações Unidas para violações de direitos humanos em Gaza e na Cisjordânia fez nesta quinta-feira um chamado para que Israel apurasse o que ele chamou de força excessiva usada pelo setor de segurança do país contra palestinos e para que processasse os responsáveis.
Makarim Wibisono, relator especial das Nações Unidas sobre a situação dos direitos humanos nos territórios palestinos, também disse que as autoridades israelenses deveriam indiciar ou libertar todos os palestinos presos sob uma longa detenção administrativa, incluindo crianças.
“O aumento da violência é um lembrete sombrio da situação insustentável dos direitos humanos nos territórios ocupados palestinos e do ambiente volátil que isso gera”, afirmou ele num relatório final ao Conselho de Direitos Humanos.
Desde outubro, 27 israelenses e um cidadão norte-americano foram mortos em ataques palestinos quase diários a faca, tiros e por atropelamento com carro. As forças israelenses mataram pelo menos 157 palestinos, 101 deles agressores, de acordo com Israel.
O Ministério do Exterior de Israel classificou o relatório como tendencioso.
"O relatório reflete a parcialidade do mandato e o seu flagrante viés anti-Israel. É essa parcialidade que fez a missão do relator impossível de ser cumprida” disse o porta-voz Emmanuel Nahshon.