Por Sarah N. Lynch
WASHINGTON (Reuters) - O secretário de Justiça dos Estados Unidos, William Barr, disse a parlamentares nesta terça-feira que pretende divulgar dentro de uma semana uma versão editada do longamente esperado relatório do procurador-especial Robert Mueller sobre a interferência da Rússia na eleição presidencial de 2016.
Barr, indicado do presidente Donald Trump que no mês passado anunciou o que afirmou serem as principais conclusões do relatório, disse aos democratas que será tão aberto quanto possível sobre a edição de informações sigilosas quando entregar a íntegra do documento.
"Dentro de uma semana estarei em condição de divulgar este relatório ao público e depois tratarei com os presidentes dos dois comitês judiciários a respeito deste relatório, a respeito de qualquer outras solicitações que tiverem", disse Barr na primeira ocasião em que compareceu diante do Congresso desde que recebeu o documento em 22 de março.
"Não pretendo, a esta altura, enviar o relatório completo e sem edições ao comitê", disse Barr a um subcomitê de Verbas da Câmara dos Deputados. "Estou confiando em minha própria discrição para trazer a público tanto quanto puder".
Mueller entregou seu relatório confidencial a Barr no mês passado, na esteira de um inquérito de 22 meses que analisou se membros da campanha de Trump conluiram com a Rússia durante a corrida pela Casa Branca de 2016 e se depois Trump obstruiu investigações sobre a questão.
Depois de receber o documento, Barr escreveu uma carta ao Congresso dizendo que o inquérito Mueller não determinou se integrantes da campanha de Trump conspiraram com Moscou, mas democratas sustentam que os norte-americanos deveriam ver o relatório Mueller completo e os documentos relacionados.
Barr disse nesta terça-feira: "Não pretendo, a esta altura, enviar o relatório completo e sem edições ao comitê".
(Por Sarah N. Lynch e Doina Chiacu)