Por Nick Brown
SAN JUAN (Reuters) - A renúncia do governador de Porto Rico, ocorrida na esteira de protestos em massa, desencadeou uma batalha sucessória, e um advogado corporativo de Washington sem ligação direta com o atual governo assolado por escândalos pode emergir como vencedor.
Na quarta-feira, o governador Ricardo Rosselló disse que entregará o cargo no dia 2 de agosto, uma reação à revolta pública com a divulgação de mensagens de bate-papo insultantes e acusações de desfalque contra dois ex-funcionários governamentais.
Três pessoas parecem estar nas melhores posições para suceder Rosselló: Pedro Pierluisi, ex-deputado de Porto Rico no Congresso dos Estados Unidos e hoje advogado do escritório de direito O'Neill & Borges de Washington; o presidente do Senado, Thomas Rivera Schatz, e Jenniffer Gonzalez, atual representante de Porto Rico no Congresso dos EUA.
O que acontecer na semana que vem, que antecede a saída de Rosselló, será crucial. Até esta sexta-feira, a secretária de Justiça Wanda Vázquez era sua sucessora natural porque o território norte-americano está sem secretário de Estado – Luis Rivera Marín deixou o posto na sequência do escândalo das mensagens.
A Constituição portorriquenha estipula que o ocupante desse cargo é o primeiro na linha sucessória para governador.
Mas os manifestantes que forçaram Rosselló a sair prometeram se opor a Wanda, dizendo que ela é próxima demais do governador caído em desgraça.
A ira levou líderes do Novo Partido Progressista (PNP) de Rosselló a cogitar Pierluisi como possível sucessor, segundo quatro fontes a par do assunto que pediram para não ser identificadas para poderem debatê-lo.
Pierluisi deixou claro aos líderes partidários que aceitaria o emprego, segundo uma destas fontes.