WASHINGTON (Reuters) - O líder da maioria no Senado dos EUA, Mitch McConnell, decidiu na terça-feira adiar a votação do projeto de saúde para obter mais apoio dos senadores republicanos, segundo um assessor do Senado, um movimento que evitou uma derrota potencialmente desastrosa por membros de seu próprio partido.
Ao mesmo tempo, o presidente Donald Trump convocou todos os 52 senadores republicanos para a Casa Branca na tarde de terça-feira para discutir como proceder.
McConnell estava pressionando por uma votação antes do recesso de 4 de julho, que começa no final desta semana, para avançar na revogação da legislação dos principais elementos do Obamacare e substituí-lo por um novo programa federal de saúde.
O adiamento na votação foi um sinal de que McConnell e Trump fracassaram até agora em atrair votos suficientes em meio a um sólido bloqueio da oposição democrata e ataques de senadores republicanos moderados e conservadores.
A senadora republicana Lisa Murkowski confirmou que a votação foi adiada. "Nada esta semana", ela disse a repórteres.
Com uma maioria apertada no Senado, McConnell precisa de apoio de pelo menos 50 republicanos. Mas enquanto a Câmara dos Deputados aprovou com dificuldades um projeto de lei no mês passado para substituir o Obamacare, a versão do Senado parece estar paralisada nesta terça-feira.
Aprovar a medida levaria Trump a uma vitória legislativa num momento em que o presidente busca se desafogar de semanas de questionamentos sobre o papel da Rússia na eleição presidencial dos EUA no ano passado.
(Por Susan Cornwell e Richard Cowan)