Por Doina Chiacu
WASHINGTON (Reuters) - O Partido Republicano criticou nesta sexta-feira os deputados Liz Cheney e Adam Kinzinger por se juntarem à investigação do Congresso sobre o ataque ao Capitólio de 6 de janeiro de 2021 e os esforços de Donald Trump para reverter sua derrota nas eleições presidenciais de 2020, chamando o inquérito de ataque a um "discurso político legítimo".
Cheney e Kinzinger são os únicos republicanos no comitê seleto da Câmara dos Deputados sobre o evento de 6 de janeiro. O painel está investigando quem --incluindo pessoas do círculo de Trump-- teve participação no planejamento ou na viabilização do pior ataque ao Capitólio dos EUA desde a Guerra de 1812.
A resolução censurando Cheney e Kinzinger, aprovada em uma reunião do Comitê Nacional Republicano em Salt Lake City, acusou-os de "participar de uma perseguição liderada pelos democratas a cidadãos comuns envolvidos em discurso político legítimo".
Milhares de apoiadores de Trump invadiram o Capitólio naquele dia, quebrando janelas, agredindo policiais e colocando em risco a vida de parlamentares e do então vice-presidente Mike Pence, depois que Trump fez um discurso inflamado repetindo falsas alegações de que sua derrota eleitoral foi resultado de fraude generalizada.
A resolução de sexta-feira teve um tom dramaticamente diferente de uma declaração que o Comitê Nacional Republicano divulgou no dia do ataque, quando disse que "essas cenas violentas que testemunhamos não representam atos de patriotismo, mas um ataque ao nosso país e seus princípios fundadores".