Por Chris Kahn e David Morgan
NOVA YORK (Reuters) - Os eleitores republicanos dos Estados Unidos estão cada vez mais hostis com imigrantes ilegais, mostrou uma pesquisa Reuters/Ipsos, uma tensão que o Partido Republicano está tentando capitalizar em sua tentativa de reconquistar o Congresso.
As conclusões da pesquisa, baseadas em sondagens feitas antes e depois da Presidência de Donald Trump, indicam que os republicanos estão se unindo mais em torno das posturas rígidas do ex-presidente a respeito da imigração, apesar de o restante do país se tornar mais acolhedor.
Em uma enquete realizada entre 18 e 24 de fevereiro, 77% dos republicanos disseram querer mais cercas ao longo da fronteira sul com o México, um aumento de seis pontos em relação a 2015. Além disso, 56% não querem que os imigrantes ilegais tenham a opção da cidadania, uma elevação de 18 pontos percentuais na comparação com uma sondagem de 2018.
Cada vez mais, republicanos estão expressando preocupações profundas com a imigração, enquanto ondas de crianças desacompanhadas e famílias continuam a aparecer na fronteira EUA-México.
Em uma pesquisa de 10 e 11 de março, 22% dos republicanos disseram considerar a imigração o problema mais importante da nação – no início de fevereiro eles eram 7%.
Os republicanos estão tentando revigorar os apoiadores depois de perderem a Casa Branca e o Senado na eleição de novembro, mas existe uma fratura entre adeptos de Trump e aqueles que querem seguir em frente e tornar o partido mais elegível.
Manter uma linha dura com a imigração traz riscos para o partido, já que a demografia está mudando e as minorias estão ganhando influência política.
(Por Chris Kahn em Nova York e David Morgan em Washington; reportagem adicional de Andrea Shalal)