Por Susan Cornwell e Susan Heavey
WASHINGTON (Reuters) - Senadores republicanos dos Estados Unidos anunciaram planos para votar na próxima semana sobre a mais recente tentativa de revogar o Obamacare, mesmo com um popular comediante que se tornou parte do debate sobre o sistema de saúde dos EUA denunciando o projeto de lei e o ex-presidente Barack Obama alertando nesta quarta-feira sobre “real sofrimento humano”.
O presidente Donald Trump, que expressou frustração com o fracasso do Senado até o momento em aprovar a legislação para substituir a lei de Obama, disse que “47 ou 48” senadores republicanos já apoiam o novo projeto de lei, que precisa de 50 votos para aprovação no Senado de 100 assentos, que seu partido controla por maioria de 52 a 48.
“Nós achamos que isto tem uma boa chance”, disse Trump, que tornou a substituição do Obamacare uma importante promessa de campanha no ano passado, a repórteres durante evento com o presidente do Egito em Nova York.
Mas à medida que tentaram juntar votos suficientes para vencer após legislação anterior fracassar em julho, republicanos do Congresso e a Casa Branca ficaram na defensiva após Jimmy Kimmel usar seu programa de entrevistas para criticar a proposta e chamar o senador republicano Bill Cassidy, um dos dois patrocinadores do projeto, de mentiroso.
“Este cara, Bill Cassidy, acabou de mentir na minha frente”, disse Kimmel em seu programa na noite de terça-feira, se referindo ao senador que desde maio havia promovido um “teste Jimmy Kimmel” de padrões que qualquer substituição do Obamacare deveria ter.
O líder da maioria no Senado, Mitch McConnell, que não se comprometeu na terça-feira em agendar uma votação sobre a proposta, agora planeja levá-la ao Senado para consideração na próxima semana, disse seu porta-voz, David Popp.