Por Emma Rumney
BEIRA, Moçambique (Reuters) - Agentes de resgate disseram que a reabertura de estradas permitirá que socorristas alcancem nesta segunda-feira centenas de pessoas ainda isoladas mais de uma semana depois que um ciclone intenso atingiu Moçambique e porções do sudeste da África.
O ciclone Idai atingiu a cidade portuária moçambicana de Beira com ventos de até 170 quilômetros por hora perto da meia-noite de 14 de março, depois rumou para o continente na direção do Zimbábue e de Maláui, derrubando edifícios e matando ao menos 657 pessoas em três países.
"Estamos mais organizados agora, depois do caos. Estamos distribuindo alimentos e abrigos a mais pessoas hoje", disse o ministro da Terra e do Meio Ambiente, Celso Correia, a repórteres.
Segundo ele, o número de pessoas em acampamentos improvisados subiu de 18 mil para 128 mil desde domingo, a maioria deles na área de Beira.
Comunidades próximas de Nhamatanda, cerca de 100 quilômetros ao noroeste de Beira e onde algumas pessoas ficaram sem assistência durante dias, receberão ajuda nesta segunda-feira, acrescentou.
O ciclone e as chuvas fortes que se seguiram frustraram os esforços de ajuda e impediram a entrega de alimentos e outros itens básicos em Beira, uma rota de acesso importante para países da região sem acesso ao mar.
A água que cobriu vastos trechos de terra a oeste do porto está recuando, mas o tamanho da zona de desastre dificulta a entrega de ajuda aos mais necessitados.