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Resposta inadequada ao Ebola causa mortes evitáveis, diz chefe do Banco Mundial

Publicado 01.09.2014, 15:41
Atualizado 01.09.2014, 15:50
Resposta inadequada ao Ebola causa mortes evitáveis, diz chefe do Banco Mundial

Por Daniel Flynn e Tim Cocks

DACAR/LAGOS (Reuters) - A "resposta desastrosamente inadequada" do mundo ao surto de Ebola na África Ocidental significa que muitas pessoas que estão morrendo poderiam ter sido salvas facilmente, disse nesta segunda-feira o chefe do Banco Mundial, Jim Yong Kim, enquanto a Nigéria confirmou mais um caso do vírus altamente contagioso.

Em artigo escrito para um jornal, o presidente do Banco Mundial disse que a estrutura médica do Ocidente seria capaz de lidar facilmente com a doença, e pediu aos países ricos que compartilhem conhecimento e recursos para ajudar as nações africanas a enfrentar o Ebola.

"A crise que estamos assistindo se desenrolar deriva menos do próprio vírus e mais dos vieses mortais e de informações erradas que levaram a uma resposta desastrosamente inadequada para o surto", escreveu Kim no Washington Post.

"Muitos estão morrendo desnecessariamente", diz o texto, co-escrito pelo professor de Harvard Paul Farmer, com quem Kim fundou a Partners In Health, uma entidade beneficente que trabalha pela melhora da saúde nos países mais pobres.

O Ebola só é transmitido por meio do contato com os fluídos corporais de uma pessoa doente, mas medidas rigorosas são exigidas para o seu confinamento. Não há cura conhecida, apesar de o trabalho em vacinas experimentais estar sendo acelerado.

Mais de 1.500 pessoas morreram na África Ocidental devido ao pior surto da doença desde sua descoberta em 1976 perto do rio Ebola, onde hoje está a República Democrática do Congo. Mais de 3.000 pessoas, a maioria em Serra Leoa, Guiné e Libéria, foram infectadas.

Os serviços de saúde ruins exacerbaram o desafio. A Libéria tinha apenas 50 médicos para seus 4,3 milhões de moradores antes do surto, e muitos trabalhadores da área médica morreram devido ao Ebola.

A carência de produtos básicos, gêneros alimentícios e equipamentos médicos ficou ainda pior devido à decisão de empresas aéreas de não voarem mais para os países mais atingidos. Várias nações vizinhas fecharam as fronteiras, e muitas organizações internacionais retiraram seus trabalhadores estrangeiros.

A Organização Mundial da Saúde disse na semana passada que o número de mortos pode ser quatro vezes maior que o registrado até o momento, e informou que até 20.000 pessoas podem ser infectadas antes do fim do sorte. A OMS lançou um plano de 490 milhões de dólares para tentar conter a epidemia.

Kim e Farmer disseram que se organizações internacionais e países ricos preparassem uma resposta coordenada com nações da África Ocidental usando o plano da OMS a taxa de mortalidade cairia para menos de 20 por cento, ante os 50 por cento atuais.

"Estamos em um momento perigoso", escreveram os autores. "Dezenas de milhares de vidas, o futuro da região e ganhos econômicos e de saúde conquistados duramente estão em risco."

Nesta segunda-feira, a Nigéria confirmou o terceiro caso de Ebola no centro petroleiro de Port Harcourt, elevando o total de infecções confirmadas no país para 16. Cerca de 200 pessoas estão sob vigilância.

(Reportagem adicional de Pascal Fletcher, em Johanesburgo; Diadie Ba, em Dacar; Tansa Musa, em Camarões; e James Harding, em Monróvia)

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