Por Daniel Trotta
NOVA YORK (Reuters) - A Reuters ganhou dois prêmios Pulitzer nesta segunda-feira, por reportagem sobre as ligações entre o presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, e grupos de extermínios de policiais e por fotografias documentando a crise de imigrantes rohingya em Mianmar.
O New York Times e a revista New Yorker compartilharam o prêmio de serviço público pela reportagem sobre alegação de assédio sexual contra o produtor de Hollywood Harvey Weinstein.
O Times e o Washington Post dividiram o prêmio de reportagem nacional por sua cobertura da investigação sobre o envolvimento russo nas eleições presidenciais dos Estados Unidos em 2016.
Os Pulitzers, prêmios de maior prestígio do jornalismo norte-americano, são distribuídos desde 1917.
Foi a primeira vez que a Reuters ganhou dois prêmios em um ano.
O prêmio de reportagem internacional foi concedido aos repórteres da Reuters Claire Baldwin, Andrew R.C. Marshall e Manuel Mogato por "reportagem implacável que expôs a campanha brutal de assassinatos por trás da guerra do presidente filipino Rodrigo Duterte às drogas", disse o comitê do Pulitzer.
O prêmio de fotografia foi dado à equipe da Reuters por "fotografias chocantes que expuseram ao mundo a violência que refugiados rohingya enfrentaram na fuga de Mianmar".
A Reuters havia conquistado o prêmio Pulitzer em 2014 por reportagem internacional de Marshall e Jason Szep sobre a violenta perseguição aos rohingya, uma minoria muçulmana em Mianmar que tem se tornado vítima de redes predatórias de tráfico humano.
O primeiro Pulitzer da Reuters veio em 2008 para a foto de Adrees Latif de um cinegrafista japonês fatalmente ferido durante uma manifestação de rua em Mianmar.
A equipe de fotografia da Reuters também ganhou em 2016 por fotos da crise dos imigrantes sírios na Europa.