Por Kiyoshi Takenaka
FUKUSHIMA, Japão (Reuters) - Quando os corredores do revezamento da tocha olímpica chegaram à cidade japonesa de Fukushima nesta sexta-feira, Masahiro Abiko saiu para saudá-los com seus empregados, torcendo para que os Jogos revigorem seu negócio com a fabricação de bandeiras e trajes de festival.
"Desde o início da pandemia de coronavírus, festivais e outros eventos evaporaram. As encomendas de happi (meios casacos usado em ocasiões festivas) não caíram para a metade, nem dois terços, mas para nove décimos", disse Abiko à Reuters.
"Quero que a Olimpíada ocorra, aconteça o que acontecer", acrescentou.
O revezamento da tocha começou na quinta-feira e passou por outras partes da região de Fukushima antes de seguir para sua capital.
Abiko ecoa as esperanças de proprietários de negócios de todo o Japão, abalados por restrições de viagem e limites à frequentação de locais de alimentação.
A Olimpíada de Tóquio estava programada originalmente para 2020, mas foi adiada em um ano por causa da pandemia.
Abiko, que tem 27 empregados ocupados em tingir, costurar e passar a ferro, já está testemunhando sinais de recuperação.
"Com a Olimpíada se aproximando, estamos vendo a demanda de bandeiras, de bandeiras do Japão e daquelas de países estrangeiros, aumentando. Não chega a dobrar, mas um aumento substancial", disse.
Alguns jogos de beisebol e softball acontecerão na cidade de Fukushima, aumentando as esperanças dos comércios locais, mas espectadores internacionais não poderão ingressar no país para assistir os Jogos.