BRASÍLIA (Reuters) - O comitê organizador Rio 2016 apresentou nesta sexta-feira modelo inovador da tocha dos Jogos Olímpicos em evento com a presença da presidente Dilma Rousseff em Brasília, local escolhido como ponto de partida para o revezamento do símbolo olímpico até chegar ao Maracanã para a cerimônia de abertura do evento.
Durante o revezamento a tocha vai realizar um movimento de sobe e desce, com segmentos que se abrem para cima no chamado "beijo das tochas", revelando as cores e formas do Brasil, quando uma passará à outra a chama olímpica, de acordo com os responsáveis pelo projeto.
"O design da tocha representa a força que os Jogos Olímpicos representam no mundo desde a mais longínqua antiguidade", disse a presidente Dilma em discurso na cerimônia. "A tocha olímpica, sem dúvida, é muito bonita, ela é verdadeiramente fantástica", acrescentou.
A tocha será carregada por cerca de 12.000 pessoas, que vão passar por 300 cidades dos 26 Estados, além do Distrito Federal, ao longo de cerca de 100 dias de revezamento. Como manda a tradição olímpica, a tocha será acesa em cerimônia na cidade grega de Olímpia, berço dos Jogos da Antiguidade, e será trazida de avião ao Brasil.
No total, a chama percorrerá 20.000 quilômetros por estradas e ruas do país. O revezamento começará entre abril e maio de 2016 na capital federal e terminará no Maracanã, onde a pira olímpica será acesa no dia da cerimônia abertura dos Jogos Olímpicos, em 5 de agosto.
"Essa tocha é o momento da emoção, das lágrimas, e da comemoração por todo o país", disse o presidente do comitê Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman, no evento.
Produzida com alumínio reciclado, resina e acabamento acetinado, a tocha pesa entre 1 kg e 1,5 kg e mede 63,5 cm de altura quando fechada, e 69 cm quando aberta.
O revezamento da tocha será restrito ao Brasil, uma vez que o Comitê Olímpico Internacional (COI) decidiu acabar com o revezamento internacional a partir dos Jogos de Londres-2012, devido a protestos ocorridos durante a passagem do elemento olímpico por alguns países antes da Olimpíada de Pequim-2008.
(Por Maria Carolina Marcello, em Brasília, e Pedro Fonseca, no Rio de Janeiro)