Por Robin Emmott
BRUXELAS (Reuters) - As mídias russa e chinesa estão sistematicamente tentando semear a desconfiança nas vacinas ocidentais contra Covid-19 em campanhas de desinformação destinadas a dividir o Ocidente, segundo um relatório europeu desta quarta-feira.
De dezembro a abril, os meios de comunicação estatais dos dois países divulgaram notícias falsas online em vários idiomas, fazendo ligações infundadas entre as vacinas e mortes na Europa e promovendo as vacinas russas e chinesas como superiores, de acordo com o estudo da UE.
O Kremlin e Pequim negam todas as alegações de desinformação da UE, que produz relatórios regulares e busca trabalhar com Google (NASDAQ:GOOGL), Facebook, Twitter e Microsoft (NASDAQ:MSFT) para limitar a disseminação de notícias falsas.
A diplomacia de vacinas russa e chinesa "segue uma lógica de jogo de soma zero e é combinada com esforços de desinformação e manipulação para minar a confiança nas vacinas de fabricação ocidental", disse o estudo da UE divulgado pela unidade de desinformação do bloco, parte de seu braço de política externa.
"Tanto a Rússia quanto a China estão usando a mídia controlada pelo Estado, redes de veículos de mídia e mídia social, incluindo contas oficiais diplomáticas nas redes sociais, para atingir esses objetivos", informou o relatório, citando 100 exemplos russos este ano.
A UE e a Otan acusam regularmente a Rússia de ação secreta, incluindo desinformação, para tentar desestabilizar o Ocidente explorando as divisões na sociedade.
(Reportagem de Vladimir Soldatkin em Moscou)