(Reuters) - Um tribunal de Moscou publicou neste sábado acusações criminais contra sete pessoas "motivadas pelo ódio nacional" que matariam dois jornalistas russos em uma conspiração apoiada pela Ucrânia, informou a agência de notícias estatal russa TASS.
O tribunal aprovou a detenção até 14 de setembro, sob acusações criminais de "hooliganismo", de cinco menores nascidos em 2005 e 2006 e dois homens que dizem fazer parte de um grupo organizado, disse a TASS.
A TASS disse que o Serviço de Segurança da Rússia (FSB) deteve um grupo de pessoas na sexta-feira que realizaram reconhecimento perto das casas e locais de trabalho das jornalistas Margarita Simonyan e Ksenia Sobchak.O número de pessoas não foi especificado.
Não houve comentários imediatos da Ucrânia, que no passado negou o envolvimento em assassinatos de figuras pró-guerra na Rússia.
A agência de notícias Interfax citou o FSB dizendo que os detidos admitiram que preparavam ataques contra as duas mulheres em nome da Ucrânia e que receberiam uma promessa de 1,5 milhão de rublos (US$ 16.620) por cada uma.
Simonyan, chefe da RT, mídia estatal e defensor da guerra da Rússia na Ucrânia, postou uma mensagem no Telegram sobre o suposto complô, incitando os serviços de segurança a "Continuar trabalhando, irmãos!"
Sobchak é um jornalista e apresentador de TV reconhecido que concorreu como candidato presidencial em 2018. Duas figuras russas pró-guerra, a jornalista Darya Dugina e o blogueiro militar Vladlen Tatarsky, foram mortas em ataques a bomba na Rússia no ano passado. A Rússia culpou a Ucrânia pelos assassinatos, enquanto Kiev negou e os retratou como evidência de luta interna russa.
Em maio, um notável escritor nacionalista russo, Zakhar Prilepin, foi ferido em um ataque a um carro-bomba que matou seu motorista. Os investigadores disseram que um suspeito foi detido e admitiu ter agido em nome da Ucrânia.
(Reportagem da Reuters)