MOSCOU (Reuters) - A Rússia pediu, nesta quinta-feira, que médicos em idade de aposentar que pararam de trabalhar durante a pandemia por motivos de segurança voltem aos seus postos, já que as autoridades registraram uma cifra diária recorde de casos de Covid-19 e um número recorde de mortes.
O Kremlin atribui a alta dos números à campanha de vacinação lenta da Rússia e pede às pessoas que se imunizem. Muitos russos citam falta de confiança nas autoridades e medo de novos medicamentos.
"Em uma situação na qual as infecções estão crescendo, é necessário continuar a explicar às pessoas que elas precisam se vacinar", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, a repórteres.
"É realmente irresponsável não se vacinar. Isso mata".
O total de 31.299 casos novos desta quinta-feira marca a primeira vez em que o país relata oficialmente mais de 30 mil casos em um único dia desde que a pandemia começou.
A força-tarefa do governo relatou 986 mortes relacionadas ao coronavírus nas últimas 24 horas, um número recorde de óbitos pelo terceiro dia consecutivo.
"Apelamos aos profissionais de saúde que deixaram a prática médica em um momento no qual havia riscos à saúde e à vida para convidá-los a voltar", disse o ministro da Saúde, Mikhail Murashko, de acordo com a agência de notícias Tass.
"Hoje a vacinação nos permite proteger vidas e a saúde".
(Por Gleb Stolyarov)