Por Lisa Barrington
BEIRUTE (Reuters) - As sanções dos Estados Unidos contra o Irã e seu aliado libanês Hezbollah estão funcionando, disse o secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, nesta sexta-feira durante uma visita a Beirute, pedindo que o Líbano enfrente o grupo xiita que acusou de "criminalidade, terror e ameaças".
Políticos libaneses que se encontraram com Pompeo, incluindo o presidente, Michel Aoun, o presidente do Parlamento, Nabih Berri, e o ministro das Relações Exteriores, Gebran Bassil – todos aliados políticos do Hezbollah –, disseram ter lhe dito que o grupo é um elemento essencial da política nacional.
"De nossa parte, confirmamos que, no que nos toca, o Hezbollah é um partido libanês – não terrorista – com parlamentares eleitos pelo povo libanês e com muito apoio popular", disse Bassil ao lado de Pompeo após a reunião.
Pompeo, que faz uma turnê pelo Oriente Médio para angariar apoio ao endurecimento de Washington com o Irã, citou um discurso feito pelo líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, no qual pede financiamento aos apoiadores do grupo como prova de que a pressão norte-americana está funcionando.
Pompeo disse que o Irã dá ao Hezbollah até 700 milhões de dólares por ano.
Fortemente armado, o Hezbollah tem uma grande milícia que participa da guerra civil da Síria lutando ao lado do governo do presidente Bashar al-Assad, mas também elegeu parlamentares e ocupa cargos no governo de união nacional do Líbano.
A influência do grupo nas instituições estatais da nação aumentou no último ano. Juntamente com aliados que veem seu arsenal como uma vantagem para o Líbano, ele conquistou mais de 70 das 128 cadeiras do Parlamento em uma eleição no ano passado.