Por Daniel Trotta
(Reuters) - A prefeita de Seattle se opôs à chegada de forças táticas da polícia dos Estados Unidos à maior cidade do Estado de Washington, considerando-a um agravamento desnecessário das tensões por parte do governo do presidente norte-americano, Donald Trump, antes dos protestos de rua do final de semana.
Uma equipe de agentes federais de fronteira comandada pelo Departamento de Segurança Interna norte-americano está "de prontidão" para proteger edifício federais, disseram autoridades dos EUA na quinta-feira.
A mobilização atiçou as tensões entre o presidente republicano e democratas locais eleitos a respeito do papel da polícia federal em protestos de rua.
"Deixei claro ao secretário interino (Chad) Wolf que mobilizações em Seattle --como vimos em Portland-- minariam a segurança pública e violariam a confiança comunitária", disse a prefeita de Seattle, Jenny Durkan, no Twitter na noite de quinta-feira.
Seattle vem sendo abalada por protestos pela igualdade racial e contra a brutalidade policial, parte de um movimento que varre o país desde a morte do afro-norte-americano George Floyd sob custódia da polícia de Mineápolis no dia 25 de maio.
O governador de Washington, Jay Inslee, alertou que agentes federais podem "piorar a coisa e atirar gasolina no fogo".
O inspetor-geral do Departamento de Justiça, Michael Horowitz, disse que seus escritório investigará as alegações de que agentes federais usaram força excessiva contra manifestantes pacíficos em Portland, no Oregon, e realizará uma análise separada das ações realizadas contra manifestantes perto da Casa Branca no dia 1º de junho.
Ainda na quinta-feira, um juiz federal emitiu uma medida cautelar temporária proibido as forças federais da lei de usarem força contra jornalistas e observadores legais nos protestos de Portland.
Agentes federais dispararam gás lacrimogêneo contra manifestantes do movimento Black Lives Matter no centro de Portland na manhã desta sexta-feira, o 56º dia seguido de protestos.